Porto Velho, RO - Um grupo suspeito de praticar crimes ambientais em uma unidade de conservação ecológica, em Porto Velho e Cujubim, impediu que policiais ambientais apreendessem caminhões que carregavam madeira ilegal, nesta terça-feira (14). O caso aconteceu na estrada conhecida como Soldado da Borracha.
Os agentes estavam na região devido a Operação Arigós, deflagrada para apurar e combater grandes desmatamentos na região e nesta etapa os agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em áreas urbana e rural.
Em um vídeo que circula nas redes sociais mostra dois caminhões com toras de madeiras passando pela estrada, até que o grupo composto por cerca de 30 pessoas com vários veículos, atrapalha a passagem da viatura da Polícia Ambiental que estava escoltando os caminhões para uma área de segurança da polícia.
Com a interferência, os motoristas do carregamento ilegal conseguiram fugir. Há suspeitas que as madeiras podem estar escondidas para evitar apreensões.
Investigação
De acordo com as investiigações o grupo criminoso investigado já causou um dano ambiental de 9.684 hectares, o equivalente a quase 9 mil campos de futebol. O dano ambiental praticado pelo grupo já pode chegar aos R$ 345 milhões.
Os agentes de fiscalização buscam identificar quem são os mentores e beneficiários do desmatamento feito dentro da unidade de conservação ambiental.
Carga ilegal
Segundo o comandante da Polícia Militar Ambiental, major Adenilson Chagas, os policiais abordaram os caminhões que carregavam as toras de madeira sem documentos de origem florestal. De acordo com investigações da corporação, a carga tinha sido retirada ilegalmente de unidades de conservação.
“As equipes apreenderam a madeira e estavam escoltando os caminhões até o pátio do batalhão para que pudessem ficar à disposição da Justiça, quando foram surpreendidos por populares que atrapalharam a ação da polícia”, informou.
Ainda segundo o major, já foram identificados todos os veículos envolvidos, além dos proprietários e as pessoas que participaram.
“Temos a identificação e qualificação de todos e certamente será imputado a cada um a responsabilidade pelo crime ambiental ‘de obstar e impedir a fiscalização’. Os trabalhos naquela região continuarão, não vamos cessar nossas atividades. Temos muito a trabalhar”, disse.
A ação tem a participação do Ministério Público de Rondônia (MP-RO), Delegacia de Repressão aos Crimes contra o Meio Ambiente (DERCCMA), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Núcleo de Operações Aéreas da Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (NOA) e Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope).
Fonte: Diário da Amazônia
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