Jogador do Shakhtar, ex-corintiano desembarca em São Paulo com outros brasileiros e relata drama após invasão russa ao país
PORTO VELHO, RO - Foi uma manhã de emoção no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Jogadores e profissionais brasileiros do Shakhtar Donetsk e do Dínamo de Kiev, da Ucrânia, chegaram ao país depois de conseguirem fugir do país, em guerra com a Rússia desde a semana passada.
Entre eles esteve o meia-atacante Pedrinho, de 23 anos, formado no Corinthians e que está no clube desde junho de 2021. Assustado com o que viveu, diz que ainda não pensa na sequência da carreira. Ele seguiu para Maceió, onde encontrará os pais.
- É muito cedo falar de voltar, tudo aconteceu agora, o que mais quero é estar com a minha família, com meus pais. Todas as vezes que eu falava com eles, eu sempre me despedia, pois não sabia se seria a última vez. Então quero chegar em casa, ficar com a minha filha. Foram cenas lamentáveis e desejo que ninguém passe por isso - afirmou.
Pedrinho chegou ao Brasil ao lado de outros companheiros de Shakhtar Donetsk, como Dodô, Fernando e Maycon. Ele explicou como foi a saga para conseguir deixar o país após três dias de isolamento no hotel do clube.
- Ficamos três dias pensando no que fazer, se pegávamos o trem, carro. Era complicado, tinham muitas crianças e o que nos motivava era protegê-las. Pegamos um trem no último dia. Teve um alerta que as coisas iam piorar muito e que se não saíssemos em cinco minutos não íamos mais conseguir sair. Pegamos um trem, a Uefa nos ajudou com ônibus, para seguirmos em segurança.
Entenda o drama dos brasileiros
Desde que a Rússia iniciou o ataque militar à Ucrânia, os jogadores brasileiros se uniram para tentar deixar o país. No último domingo, finalmente, alguns deles conseguiram deixar a Ucrânia. Junto com seus familiares, eles pegaram um trem da capital até a cidade de Chernivtsi, no oeste ucraniano.
De lá, pegaram num ônibus até a Moldávia, onde se dividiram. Alguns ficaram no país e outros foram para Romênia, mas todos com o mesmo objetivo: pegar voos de volta ao Brasil.
Os atletas do Shakhtar e Dínamo viajaram juntos de trem, em solução proposta pelo Itamaraty, que colocou uma estação em Kiev como ponto de partida e sem a necessidade de comprar bilhetes. No entanto, quem deu toda a segurança de escolta até a estação foi a Uefa, junto com a Federação Ucraniana de Futebol. Ambas também ajudarão os atletas no retorno ao Brasil.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2022/T/K/oc0yESQDeB7gptTHnSTg/brasileiros-ucrania.jpg)
Brasileiros na Ucrânia pediram ajuda para deixar o país após invasão russa
Fonte: Globo.com
0 Comentários