
Ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) em entrevista ao radialista Rando Silva na Rádio Rondônia
Porto Velho, RO - Porto Velho enfrenta risco real de interdição do Aeroporto Internacional Jorge Teixeira de Oliveira devido à infestação de urubus provocada pelo acúmulo de lixo nos bairros Nacional e Costa & Silva. O alerta foi feito pelo ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) durante entrevista ao radialista Rando Silva, na Rádio Rondônia 93,3 FM, na manhã desta terça-feira.
Segundo Chaves, a cidade vive quase duas semanas de coleta parcial, o que já causa transtornos graves em várias regiões, especialmente na zona Leste e nos bairros mais populosos. Ele aponta que o cenário atual é “uma tempestade perfeita” que ameaça a saúde pública, a mobilidade e, agora, a segurança aérea.
Infestação de urubus coloca em risco decolagens e pousos
Durante a entrevista, Hildon foi direto:
“O número de urubus aumentou de forma assustadora. No Nacional e no Costa & Silva já existem relatos de aves circulando próximas às rotas de aproximação. Se esse quadro continuar, o aeroporto poderá ser interditado.”
Ao lado de Rando Silva, o ex-prefeito lembrou que situações semelhantes já ocorreram em outras cidades brasileiras, e que a presença dessas aves representa um risco altíssimo de colisão com aeronaves — os chamados bird strikes.
Com o fim do ano se aproximando e a demanda de voos aumentando, uma interdição do aeroporto poderia gerar sérios prejuízos para quem pretende viajar e para toda a economia local.
Crise da limpeza urbana se agrava com a proximidade das chuvas da Amazônia
Chaves também alertou que Porto Velho está entrando no período de chuvas intensas. Com bueiros entupidos e ruas tomadas pelo lixo, o cenário pode desandar de vez:
“Se vier uma daquelas chuvas torrenciais típicas do nosso inverno amazônico, o lixo vai parar nos igarapés. A água não vai escoar e o caos vai se multiplicar. É a tempestade perfeita.”
Ele destaca que regiões como Bonserraco, Jubim e Vila Caldeirita já relatam sérios problemas sanitários.
Origem da Crise: Cancelamento de Contrato e Embate com o Tribunal de Contas
Durante a entrevista na Rádio Rondônia 93,3, Hildon Chaves atribuiu o colapso à decisão do atual prefeito de cancelar “de forma abrupta” o contrato com a empresa Marquise, responsável pela coleta e considerada a terceira maior do país no setor.
O ex-prefeito afirmou que:
O Tribunal de Contas não determinou o cancelamento do contrato; apenas recomendou uma nova licitação.
Sua gestão levou dois anos preparando um edital técnico, apoiado pela FIP/USP.
O atual prefeito teria interpretado — ou decidido interpretar — a orientação de forma equivocada.
Ele relembrou também que, durante seus oito anos de gestão, assim como nas gestões Mauro e Roberto, Porto Velho nunca enfrentou crise semelhante.
Normalização Lenta: Cada semana de caos Exige um mês de recuperação
Hildon Chaves afirmou à Rádio Rondônia 93,3 que a cidade deverá levar meses para se recuperar, mesmo que a coleta volte ao normal de imediato:
“A cada semana sem coleta adequada, Porto Velho precisa de um mês para normalizar. Já estamos completando quase duas semanas. Ou seja: mesmo que resolvessem tudo hoje, seriam dois meses para a cidade voltar ao ritmo normal.”
Enquanto regiões centrais e condomínios ainda recebem o atendimento de empresas emergenciais, bairros periféricos sofrem com lixo acumulado nas calçadas, esquinas e terrenos baldios.
Risco de interdição do Aeroporto liga sinal vermelho em Porto Velho
O alerta dado na Rádio Rondônia 93,3 joga luz sobre o ponto mais crítico da crise: a segurança dos voos no Aeroporto Internacional Jorge Teixeira.
O acúmulo de lixo nas proximidades do aeroporto atrai urubus e aumenta exponencialmente o risco de acidentes.
“Se isso não for resolvido rapidamente, muita gente não vai conseguir viajar no fim do ano. Podemos viver dias muito duros”, concluiu o ex-prefeito.
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