Casa Branca desmente Eduardo Bolsonaro sobre agenda de funcionário do governo dos EUA no Brasil

Casa Branca desmente Eduardo Bolsonaro sobre agenda de funcionário do governo dos EUA no Brasil

Filho do ex-presidente está nos EUA desde março e disse ter articulado vinda de David Gamble ao país. Viagem, porém, foi acertada pelo atual governo


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Porto Velho, RO - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos desde março, foi às redes sociais para dizer, recentemente, que o coordenador do escritório de Sanções do Departamento de Estado do país norte-americano, David Gamble, estava a caminho do Brasil.

Segundo o parlamentar, Gamble viria ao País para tratar das medidas que a Casa Branca supostamente estaria pensando em adotar contra o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades. A versão, porém, é inverídica.

No último domingo 4, foi a própria Casa Branca que desmentiu Eduardo Bolsonaro. Segundo a assessoria do governo Donald Trump, a vinda de Gamble ao Brasil, marcada para esta semana, servirá para que ele e outros nomes de Washington participem de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas. Ao lado de autoridades brasileiras, os norte-americanos também devem tratar dos programas de sanções dos EUA para o combate ao terrorismo e ao narcotráfico.

“O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”, diz a nota divulgada pela Casa Branca.

Ao divulgar a vinda de Gamble ao Brasil, Eduardo Bolsonaro tratou da viagem como um passo importante na sua empreitada pessoal para tentar fazer com que o governo norte-americano intervenha em ações de autoridades brasileiras, o que especialistas já mostraram ser ilegal.

A chegada do representante dos EUA, porém, não passou pelo parlamentar e foi acertada pelo próprio governo Lula (PT). Segundo o site UOL, a viagem já fazia parte da agenda oficial de cooperação entre Brasil e EUA, tendo sido articulada pelo Itamaraty.

Ainda de acordo com a publicação, o governo viu com preocupação o anúncio feito pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Assim, o Planalto buscou o Departamento de Estado dos EUA para saber se a visita teria alguma finalidade distinta daquela que consta na agenda de Gamble. Até o momento, a Casa Branca não deu sinais de que o representante de Washington vá sair do programa previsto.

Fonte: Carta Capital

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