STF tem três votos para validar plano do Congresso para destravar emendas parlamentares

STF tem três votos para validar plano do Congresso para destravar emendas parlamentares

Plenário da Corte julga, no sistema virtual, a decisão do ministro Flávio Dino de homologar a proposta de senadores e deputados para dar transparência aos pagamentos

O ministro Flávio Dino é relator do principal processo sobre emendas parlamentares no STF. Foto: Fellipe Sampaio /STF

Porto Velho, RO - O Supremo Tribunal Federal tem três votos para validar o plano do Congresso Nacional para destravar o pagamento de emendas. O caso está sob análise do plenário da Corte, no sistema virtual. A votação foi iniciada nesta sexta-feira 28.

Pelo sistema, os ministros analisam uma decisão tomada pelo ministro Flávio Dino, relator do processo, que optou por homologar uma proposta de senadores e deputados que visa oferecer mais transparência para o pagamento de emendas. A principal linha do plano é o compromisso de indicar autor e beneficiário do dinheiro público no Portal da Transparência.

Dino, na quarta-feira 26, validou o texto, mas decidiu colocar sua posição para análise dos demais ministros. Até aqui, Luis Roberto Barroso, que é presidente do STF, e Kassio Nunes Marques optaram por acompanhar o relator.

Restam, agora, os votos de outros sete ministros. Eles têm, segundo o regimento, até o dia 5 de março, próxima quarta-feira, para formalizarem a posição no sistema virtual.

Na prática, podem acompanhar Dino ou divergir ou interromper a tramitação do caso. Para suspender a votação, há dois caminhos, o primeiro deles é um pedido de vista, que concede mais tempo ao ministro para analisar o caso, que volta do mesmo ponto em outra data. A última possibilidade de tirar o tema da pauta é o destaque, que leva o caso para o plenário físico e, obrigatoriamente, reinicia a votação.

A decisão que está sendo apreciada pelos ministro do Supremo, segundo Dino, apesar de homologar o plano e permitir o pagamento das emendas, não é o fim da linha do debate sobre o orçamento. Para o relator, ainda é preciso que pagamentos já feitos em anos anteriores sejam esclarecidos.

“Estas [discussões sobre emendas], inerentes à vida democrática – quando não degeneram para ofensas pessoais, tentativas de chantagens e coações – trazem resultados positivos para a nossa Pátria”, escreveu Dino na decisão tomada na quarta-feira.

Fonte: Carta Capital

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