PF flagra áreas de garimpo e desmatamento com acampamentos dentro de Terras Indígenas em RO

PF flagra áreas de garimpo e desmatamento com acampamentos dentro de Terras Indígenas em RO

TIs são alvos frequentes de invasores e, consequentemente, de ações de fiscalização. Foram destruídos acampamentos, veículos e uma ponte


Operação da PF nas TIs Zoró e Sete de Setembro — Foto: PF/Divulgação

Porto Velho, RO - Nesta semana, a Polícia Federal (PF) e o Ibama estiveram presentes nas Terras Indígenas Zoró e Sete de Setembro, em Rondônia e Mato Grosso, com o objetivo de combater delitos ambientais. Os agentes encontraram acampamentos construídos em áreas de desmatamento e garimpo ilegal dentro das áreas protegidas.

Na Terra Índigena (TI) Zoró, foi possível perceber o avanço do garimpo, mesmo que as equipes de fiscalização tenham visitado a área há menos de dois meses. No local, foram encontradas e destruídas duas motocicletas.

Na TI Sete de Setembro, uma ponte que a PF já havia destruído foi reconstruída pelos invasores. Ela é utilizada como rota para invasão e escoamento de madeira retirada ilegalmente da área protegida, além de outros recursos naturais.


Operação em Terra Indígena — Foto: PF/Divulgação

Outros episódios

As duas TIs são alvos frequentes de invasores e, consequentemente, de ações de fiscalização.

Em fevereiro deste ano, uma operação realizada pela PF e Ibama para combater a extração ilegal de diamantes e madeiras terminou com a apreensão de e destruição de vários maquinários dentro das áreas citadas e nas TIs Roosevelt, Parque Aripuanã, Uru Eu Wau Wau.

Dois meses depois, indígenas da etnia Zoró foram atacados em uma estrada na TI Zoró, que fica localizada entre Rondônia e Mato Grosso. A caminhonete de uma das lideranças foi incendiada por invasores.

Áreas

A TI Sete de Setembro é ocupada pelos Paiter Suruí e possui cerca de 248 mil hectares. A área sofre com desmatamento ilegal, focos de calor e garimpo ilegal.

Na TI Zoró vivem dois povos, um deles isolados. A área tem uma dimensão de 356 mil hectare, pressionada por madeireiros, garimpeiros e caçadores ilegais.

Fonte: G1

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