Colegiado recebeu o aval de Rodrigo Pacheco para funcionar por mais 60 dias
Porto Velho, RO - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, prorrogou nesta quarta-feira 17 o prazo de funcionamento da Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial do Brasil. O colegiado terá mais 60 dias, incluindo o período do recesso parlamentar, para finalizar os trabalhos.
Ao ler o requerimento de prorrogação, Pacheco destacou que a extensão do prazo deverá ser suficiente para a conclusão das discussões no colegiado, que é presidido pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG) e tem como relator o senador Eduardo Gomes (PL-TO).
A decisão de Pacheco de prorrogar o funcionamento do grupo de trabalho atende, parcialmente, um pedido de Viana. O senador defendia um prazo ainda maior para que os trabalhos, que pretendem indicar os caminhos para a regulamentação da IA no Brasil, fossem concluídos.
“O senador Carlos Viana chegou a formular um pedido de extensão mais longa para existência da comissão. A Presidência compreende que esse tema da inteligência artificial é um tema de grande relevância. É muito importante que o Senado se decida sobre, nesse projeto que foi muito trabalhado pela comissão de juristas e foi exaustivamente debatido na comissão especial.
Por isso, esse requerimento da Presidência, em substituição ao requerimento feito pelo senador Carlos Viana para que tenhamos esse prazo menos dilatado para conclusão da comissão especial”, destacou Pacheco ao ler a decisão sobre a prorrogação.
Essa comissão temporária foi instalada em agosto de 2023, por iniciativa da Presidência do Senado, para analisar projetos sugeridos antes e durante os trabalhos de uma comissão de juristas que apresentou um texto-base sobre o tema da inteligência artificial.
Entre os principais temas abordados nos projetos estão a definição de princípios éticos para IA, a criação de uma Política Nacional de Inteligência Artificial, a regulação do uso de IA em áreas como publicidade e justiça, além de mecanismos de governança e responsabilização. O relator destacou vantagens da tecnologia, mas também alertou sobre riscos, inclusive para a sustentabilidade de regimes democráticos.
Um dos projetos de lei analisados pela comissão é o PL 2.338/2023, apresentado por Rodrigo Pacheco, que regulamenta o uso da tecnologia da inteligência artificial. A proposta tramita em conjunto com outras nove proposições, que estabelecem um arcabouço legal para o desenvolvimento e uso da IA no Brasil.
Os projetos sobre IA que tramitam em conjunto tratam dos princípios para o uso, da política nacional, dos fundamentos e diretrizes para o desenvolvimento e aplicação, de imagens e áudios de pessoas falecidas, da publicidade enganosa, do crime de falsa identidade e da atuação de médicos, advogados e juízes.
Fonte: Carta Capital
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