Levantamento parcial indica novos dados da operação para retirar invasores da área
Porto Velho, RO - Um novo balanço da operação Mapinguari, divulgado nesta quinta-feira (31), revela que cerca de 200 barracos já foram destruídos pelos agentes que atuam na desocupação e retirada de invasores no Parque Guajará-Mirim (RO).
A operação Mapinguari iniciou no dia 14 de agosto e tinha previsão para ser encerrada no início de setembro, mas foi prorrogada por mais seis meses.
O comandante da ação, tenente-coronel Adenilson Silva, da PM, informou que a equipe já inutilizou duas centenas de barracos construídos ilegalmente dentro da área de proteção. Alguns deles precisaram ser queimados.
Além de imóveis, a operação tem arrancado as cercas de arames que foram colocadas no parque para criação de gado.
Segundo a PM, mais de 20 km de cercamento foram cerrados em 17 dias da operação Mapinguari, e esse trabalho vai seguir pelos próximos dias.
Em pouco mais de duas semanas, os agentes também já aplicaram R$ 27 milhões em multas pelos crimes ambientais cometidos pelos invasores do parque.
A retiradas dos invasores do Parque Guajará-Mirim foi ordenada pela Justiça Estadual e tem auxílio de vários órgãos, como MPRO, Polícias Civil, Militar e Ambiental (BPA), Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), Secretaria de Ação Social (Seas), Departamento de Estradas de Rodagens (DER), Bombeiros, Exército Brasileiro, servidores da Secretaria de Assistência Social e Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).
O Parque Estadual de Guajará-Mirim é uma unidade de proteção integral, com aproximadamente 200 mil hectares, localizada em Guajará-Mirim e em Nova Mamoré. Ao longo dos anos, a região vem sofrendo devastação em decorrência da permanência de invasores no local.
Operação Mapinguari no Parque Guajará-Mirim — Foto: PM/Reprodução
Em um sobrevoo realizado em agosto, a reportagem da Rede Amazônica flagrou dezenas de hectares desmatados e gado circulando livremente no Parque Estadual Guajará-Mirim.
As imagens do alto mostram várias clareiras e um rastro de destruição da natureza. Em uma das áreas é possível ver toras de madeira que não foram totalmente destruídas após a ação das queimadas.
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