Porto Velho, RO - A sexta-feira, que tinha tudo para ser um dia difícil para os investidores, ficou pior ainda com a ajuda, no meio da tarde, de Gleisi Hoffmann. Após a publicação da petista, as ações da Petrobras registraram as mínimas do dia e encerraram as negociações em queda de mais de 2% em dia de alta do preço do petróleo nas bolsas pelo mundo.
Para se ter ideia do impacto, a gigante petrolífera brasileira foi de longe a maior queda do setor no Ibovespa. PetroRio fechou em alta de 0,35%, enquanto a 3R Petroleum terminou o pregão em baixa de 0,41%. Vale salientar ainda que a estatal brasileira foi a segunda maior contribuição para a queda do índice, que fechou em -1,67%, aos 105,7 mil pontos.
Dados de inflação aqui e nos Estados Unidos também colaboraram para azedar o humor dos investidores logo no início da manhã. No Brasil, o IPCA-15 acima das expectativas pressionou as taxas de juros, que registraram alta em, praticamente, todos os prazos de vencimento. Apesar disso, o mercado precifica o início dos cortes na Selic ainda em 2023.
No exterior, o deflator PCE (Índice de preços das despesas com consumo pessoal) também registrou aceleração acima da antecipada pelos investidores, o que fez com que o mercado passasse a esperar um aperto monetário ainda maior. As expectativas no Estados Unidos agora precificam uma taxa de 5,57% a.a. (no limite superior) para o fim do ciclo de alta por lá. Para se ter uma ideia da força do movimento, um mês atrás a curva de juros por lá indicava esse limite abaixo de 5,10% a.a..
Com isso, o dólar ganhou força e encerrou com valorização contra praticamente todas as moedas emergentes, excetuando-se o peso colombiano e a lira turca. A dinâmica interna também acabou contribuindo para o real registrar a segunda pior performance entre os emergentes no dia. Por fim, a moeda norte-americana subiu 1,31% contra a brasileira, cotada a R$ 5,20.
Fonte: O Antagonista
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