
Aproximadamente, 80% dos valores circulantes estão no setor antes da porteira e depois da porteira, ou seja, a agropecuária é essencial no processo, mas não coordena o sistema de produção. Foto: Agência Brasília
Porto Velho, RO - Para responder essa pergunta tão importante para todos os brasileiros, algumas preliminares precisam ser apresentadas. O conceito de Agronegócio ainda não é muito claro na sociedade em geral, pois o imaginário da agropecuária é muito arraigado em nossas mentes, seja pelo histórico da atividade econômica, seja pela literatura e arte visual. Para entender o moderno conceito de agronegócio temos que recorrer a John Davis e Ray Goldberg, que em 1957, no livro “Concept of Agribusiness”, iniciou uma mudança na forma de entender a produção agropecuária e as suas relações na economia dos países.
Com este novo entendimento, percebeu-se que a atividade é uma grande cadeia de relações (ou sistema), que inicia nas indústrias de insumos e máquinas, engloba o mercado de terras, legislação, sistema financeiro, educação e políticas públicas. Passa para fase de produção agropecuária, propriamente dita, e continua nas indústrias de processamento, logística, exportação, atacadistas, varejistas e chega no consumidor final. Enfim, agronegócio é um gigantesco sistema de múltiplas relações e que movimenta muito (mas, muito mesmo) dinheiro, pessoas e interesses. Outra característica importante do agronegócio é saber onde o dinheiro circula e é concentrado. Esta concentração irá definir quem controla este grande sistema. Quem tem mais dinheiro, manda.
Segundo um estudo de Goldberg, com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), aproximadamente, 80% dos valores circulantes estão no setor antes da porteira e depois da porteira, ou seja, a agropecuária é essencial no processo, mas não coordena o sistema de produção. Munidos desta compreensão, é possível vislumbrar que o dinheiro do Agronegócio, ao final do processo, é concentrado na mão de quem detém as indústrias de insumos, processamento e distribuição. Outro aspecto importante, é que neste modelo, a produção agroindustrial não pode ser muito diversificada, pois somente com padronização dos produtos é viável aplicar o modelo industrial de produção em série na atividade agropecuária. Com pouca diversidade, as indústrias conseguem atuar em toda a produção com poucos produtos e, com isso, controlar praticamente todo o sistema.
Por Tarcisio Miguel Teixeira*
Fonte: O Antagonista
Porto Velho, RO - Para responder essa pergunta tão importante para todos os brasileiros, algumas preliminares precisam ser apresentadas. O conceito de Agronegócio ainda não é muito claro na sociedade em geral, pois o imaginário da agropecuária é muito arraigado em nossas mentes, seja pelo histórico da atividade econômica, seja pela literatura e arte visual. Para entender o moderno conceito de agronegócio temos que recorrer a John Davis e Ray Goldberg, que em 1957, no livro “Concept of Agribusiness”, iniciou uma mudança na forma de entender a produção agropecuária e as suas relações na economia dos países.
Com este novo entendimento, percebeu-se que a atividade é uma grande cadeia de relações (ou sistema), que inicia nas indústrias de insumos e máquinas, engloba o mercado de terras, legislação, sistema financeiro, educação e políticas públicas. Passa para fase de produção agropecuária, propriamente dita, e continua nas indústrias de processamento, logística, exportação, atacadistas, varejistas e chega no consumidor final. Enfim, agronegócio é um gigantesco sistema de múltiplas relações e que movimenta muito (mas, muito mesmo) dinheiro, pessoas e interesses. Outra característica importante do agronegócio é saber onde o dinheiro circula e é concentrado. Esta concentração irá definir quem controla este grande sistema. Quem tem mais dinheiro, manda.
Segundo um estudo de Goldberg, com dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), aproximadamente, 80% dos valores circulantes estão no setor antes da porteira e depois da porteira, ou seja, a agropecuária é essencial no processo, mas não coordena o sistema de produção. Munidos desta compreensão, é possível vislumbrar que o dinheiro do Agronegócio, ao final do processo, é concentrado na mão de quem detém as indústrias de insumos, processamento e distribuição. Outro aspecto importante, é que neste modelo, a produção agroindustrial não pode ser muito diversificada, pois somente com padronização dos produtos é viável aplicar o modelo industrial de produção em série na atividade agropecuária. Com pouca diversidade, as indústrias conseguem atuar em toda a produção com poucos produtos e, com isso, controlar praticamente todo o sistema.
Por Tarcisio Miguel Teixeira*
Fonte: O Antagonista
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